sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Estar por dentro é o grande barato!

Sabe aquela sensação de "ser um burro em frente a um palácio"? É horrível, não é? Se sentir por fora, excluído, é muito ruim. O grande lance da "inclusão digital" é justamente evitar que as pessoas passem por essa situação. O mínimo que pode acontecer quando uma pessoa passa a ter acesso e a entender as tecnologias atuais é ter sua auto-estima aumentada. Quando isso acontece, tudo melhora na vida desta pessoa. No caso das crianças, pode facilitar seu desempenho escolar porque aumenta seu interesse em aprender coisas novas. O artigo abaixo, retirado do jornal O Estado de São Paulo fala sobre as mudanças que começaram a acontecer depois que as crianças de uma escola estadual de Porto Alegre ingressaram na fase de testes do Programa Um Computador Por Aluno.
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Equipamento é testado no Sul Desempenho dos alunos melhorou, dizem educadores
Bastaram dez meses de aplicação do programa Um Computador por Aluno (UCA) na Escola Estadual
Luciana de Abreu, de Porto Alegre, com microcomputadores XO doados pela ong One Laptop Per Child
(OLPC), para deixar a educadora Léa Fagundes empolgada com os resultados e com a perspectiva de ver a prática se disseminar pelas escolas brasileiras. "Crianças que fracassavam na escola melhoraram o domínio da língua, passaram a entender informações e a se expressar e comunicar com desenvoltura", relata Léa, referindo-se às análises que está produzindo para o Ministério da Educação como coordenadora do Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC) da Faculdade de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), responsável pela aplicação do projeto-piloto do UCA na capital gaúcha. A Escola Estadual Luciana de Abreu foi a primeira das cinco selecionadas pelo governo federal a receber os computadores, em março do ano passado. Hoje todos os seus 400 alunos e 50 professores dispõe do equipamento, que exigiu mudanças na metodologia de ensino e adaptações dos professores às novas práticas. "Mudamos o foco e em vez de ensinar para o aluno aprender passamos a ajudar o aluno a aprender", comenta a educadora. Na prática, os estudantes propõem temas, fazem pesquisas e expõem suas dúvidas e as respostas que encontraram num diário virtual, ao qual seus colegas e professores têm acesso para questionar, debater e oferecer sugestões. Nesse verão, diretores e professores forem surpreendidos por pedidos de oficinas, feitos por alunos interessados em manter atividades durante as férias. Eles serão atendidos por professores voluntários.
Os resultados de Porto Alegre chamaram a atenção de educadores em vários países. A equipe do LEC já recebeu convite para apresentar a experiência na Espanha, em Gana, no Uruguai, na Argentina, no Panamá e em vários Estados brasileiros. "Estamos diante de novas práticas pedagógicas, que podem ser aumentadas em escala, levando o ensino da era industrial para a era digital", comenta Léa.

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